segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Dupla Rei e Fabiano cantam na estreia do programa BalacoBaco

Nova dupla sertaneja canta no BalacoBaco

A dupla sertaneja Rei e Fabiano de Campo Novo do Parecis participou ao vivo do programa BalacoBaco, que estreou no último sábado, 26, na Rádio Liberdade FM. Os jovens cantores mostraram parte de seu repertório, composto por músicas consolidadas e letras inéditas, escritas por eles e por compositores locais.

Rei, de 20 anos, e Fabiano, 21 anos, já estão fazendo shows na cidade e na região. Na virada do ano eles tocaram em Tangará da Serra, juntamente com a banda Mistura Brasileira, que também é de Campo Novo. Fabiano não esconde a emoção que sentiu quando cantou para uma multidão de 15 mil pessoas.

A dupla prepara um CD demonstrativo, com algumas composições inéditas, entre elas, “Pra quem se acha”, composta por Pedro da Vitória (empresário dos dois) e “Nasci só pra você”, de autoria de Rei, que também brinca com as palavras; e outras bastante conhecidas e que já fazem sucesso. Breve as canções estarão disponíveis nas rádios locais.

BalacoBaco

O programa BalacoBaco é uma produção independente do Ponto de Cultura Ninho do Sol, irá ao ar todos os sábados, sempre entre as 11h30min e as 13h. O objetivo dos idealizadores é mostrar a cara da cultura camponovense. O espaço é cedido pela Rádio Liberdade sem nenhum custo.

Ponto de Cultura Ninho do Sol contrata oficineiros e agente cultural

Se preparando para as atividades de 2011 o Ponto de Cultura Ninho do Sol está contratando dois oficineiros e um agente cultural. As vagas abertas são para um oficineiro de Artes Cênicas (Teatro e Dança) e um de Cultura Afro (Capoeira, Hip Hop, etc), além da vaga de agente cultural, que atuará na Biblioteca Comunitária.

O interessado em concorrer ao edital deve apresentar cópias de documentos pessoais, currículo de atuação e certificados de cursos e oficinas. A seleção será feita através de contagem de pontos (currículo e certificados) e entrevista.

Clique aqui para baixar o edital.

As inscrições devem ser feitas entre os dias 26 de fevereiro e 04 de março na sede do Ponto de Cultura Ninho do Sol, situada em anexo ao Centro Cultural, na Rua Severino de Lima, Bairro Nossa Senhora Aparecida.

Maiores informações podem ser obtidas nos telefones: 3904 2095, 9987 9326 e 9974 1914.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Origem folclórica da Cobra Grande

Cobra Grande é uma das mais conhecidas lendas do Brasil. Está presente em todas as regiões, com diversos nomes e variações, inclusive na região do Chapadão do Parecis, entre os índios Haliti.

Mboitatá, a cobra de fogo, protetora das florestas - uma das variações da Cobra Grande

Folclore brasileiro - Mboitatá, a cobra de fogo

Também conhecido como "fogo que corre", o boitatá é uma grande cobra de fogo. Este bicho imaginário foi citado pela primeira vez em 1560, num texto do padre jesuíta José de Anchieta. Na língua indígena tupi, "mboi" significa cobra e "tata" fogo.

Variações - a lenda no Norte e Nordeste

De acordo com a lenda, o boitatá protege as matas e florestas das pessoas que provocam queimadas. O boitatá vive dentro dos rios e lagos e sai de seu "habitat" para queimar as pessoas que praticam incêndios nas matas. De acordo com esta lenda, o boitatá possui a capacidade de se transformar num tronco de fogo.

Variações - a lenda no Sul

Numa lenda do sul do Brasil, a explicação para o surgimento da cobra de fogo está relacionada ao dilúvio (história bíblica que fala sobre a chuva que durou 40 dias e 40 noites). Após o dilúvio, muitos animais morreram e as cobras ficaram rindo felizes, pois havia alimento em abundância. Como castigo, a barriga delas começou a pegar fogo, iluminando todo o corpo.

Cobra Norato - uma das mais conhecidas lendas da Cobra Grande

Folclore amazônico - Cobra Norato e Maria Caninana

Conta a lenda que em numa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-grande, Sucuri), deu à luz a duas crianças gêmeas que na verdade eram cobras. Um menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria. Para ficar livre dos filhos, a mãe jogou as duas crianças no rio. Lá no rio eles, como cobras, se criaram. Honorato era bom, mas sua irmã era muito perversa. Prejudicava os outros animais e também as pessoas.

Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la para pôr fim às suas perversidades. Honorato, em algumas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra.

Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse muita coragem para derramar leite na boca da enorme cobra, e fazer um ferimento na cabeça até sair sangue. Ninguém tinha coragem de enfrentar o enorme monstro. Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar Honorato da maldição. Ele deixou de ser cobra d'água para viver na terra com sua família.

Tela: Antonio João Jesus
Escritor , Indigenista e Artista plástico cuiabano

Folclore cuiabano - Minhocão ou minhocuçu

É uma minhoca enorme, monstruosa, que circula pelos rios e águas do Pantanal e da baixada cuiabana virando canoas, devorando pescadores, levantando grandes ondas e desmoronando barrancos dos rios.

As lendas dizem que não se pode reformar ou restaurar a igreja matriz da capital de Mato Grosso pois o minhocão encontra-se preso pelos fios de cabelo de Nossa Senhora.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Banda Santa Bárbara vai animar o IX Parê Folia

Cartaz divulgação do Parê Folia 2011
Arte: Alexandra Rodrigues

A nona edição do Parê Folia "na Terra dos Parecis" acontecerá de 04 a 08 de março, com início às 21h na Praça de Eventos e será animada pela Banda Santa Bárbara, de Curitiba. Após um longo e penoso processo de licitação, a banda foi divulgada na manhã desta quinta-feira.

A novidade fica por conta do Bloco da Rainha Louca que, juntamente com sua corte e a Jararaca, prometem esquentar a folia neste ano de 2011. O bloco conta com participação de idosos do Grupo da Melhor Idade Reviver e foliões de Campo Novo.

As matinés acontecem no domingo e na terça-feira, com início às 15h, com o tradicional concurso de fantasias infantis masculino e feminino. A premiação será em brinquedos e jogos pedagógicos para os vencedores.

A promoção é do Governo Municipal em parceria com o Lions, Rotary e Associação Comercial e Industrial (ACIC). Conta ainda com o apoio do Governo de Mato Grosso através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur).

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ponto de Cultura estréia programa de rádio

Divulgação - Arte Betho Nonenmacher
BalacoBaco vai ao ar pela Rádio Liberdade FM a partir do próximo sábado


Com o intuito de divulgar e disseminar o que é produzido na área cultural em Campo Novo do Parecis o Ponto de Cultura Ninho do Sol, em parceria com a Rádio Liberdade FM, lança a partir do próximo sábado, 26, o programa “BalacoBaco”, às 12 horas, logo após o Manhã Colorida, apresentado por Joel Lins e Renata Franco.

A programação incluirá músicas, notícias, informações, agenda cultural, entrevistas, entre outros atrativos. A idéia dos produtores do programa é fazer algo diferente, eclético, participativo e interativo, criando um elo entre o artista e a população-ouvinte, que muitas vezes não sabe o que rola na cidade.

E a idéia é interessante. Campo Novo do Parecis possui uma cultura rica e diversificada, que abrange as mais variadas manifestações como as tradições gaúcha (dança, música, folclore), nordestina (laço) e pantaneira (tererê, música e laço comprido), além da cultura cuiabana (gastronomia, dança, etc) e indígena dos Paresí-Haliti e, poucas pessoas sabem disso.

O BalacoBaco servirá justamente para isso, manter as pessoas informadas sobre o mundo cultural com notícias de acontecimentos locais, regionais e nacionais.

A produção será do Ponto de Cultura Ninho do Sol, projeto do Teatro Ogan e Instituto Parecis Cultural (IPC) apoiado pelo Ministério da Cultura (MinC) e Secretaria de Estado de Cultura (SEC).

Escrito por Alexandre Rolim - Parecis.Net

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Nova reunião com blocos acorre amanhã

Blocos animando a festa nas edições do Parê Folia

Visando dinamizar as mudanças que estão sendo implementadas no IX Parê Folia, a Comissão Pró-Carnaval realizará mais uma reunião com os blocos carnavalescos na tarde de amanhã, dia 23 de fevereiro de 2011, às 15h, no Centro Cultural. Na pauta da reunião, a participação dos blocos no evento e assuntos gerais.

A novidade por parte da organização é o Bloco da Rainha Louca que, acompanhada de sua corte, promete animar a folia nas noites do evento. O Rei Momo não aparece na folia deste ano.

Outra novidade para as noites de sábado e segunda-feira é a Ala da Cobra Grande, onde uma jararaca (serpente espírito da cultura Paresí) virá acompanhada de toda uma tribo de índios: a menina moça, o chefe da tribo, o pajé e vários guerreiros.

Guia rápido

O que: Reunião com blocos
Quando: 23 de fevereiro - quarta-feira
Onde: Centro Cultural
Horario: 15h

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Parê Folia 2011: Entenda os símbolos - o Bloco da Rainha Louca

A busca por uma identidade local será descrita em uma sequencia de postagens intituladas "Entenda os símbolos", onde serão explicados os vários personagens e ícones que estarão presentes no IX Parê Folia e que animarão os foliões "na Terra dos Parecis!" neste ano de 2011.

Rainha de Copas, de "Alice no País das Maravilhas", é uma das rainhas loucas criadas pela literatura

Entenda os símbolos - o Bloco da Rainha Louca

A idéia de um reinado é antiga e utilizada de inúmeras formas em carnavais pelo Brasil afora. Exemplos de reinados são encontrados no Maracatu, na Cavalhada, na Festa do Congo entre outras tradições.

Em Campo Novo do Parecis o conceito de Reinado da Folia inspirou a Comissão Pró-Carnaval para a criação de um bloco repleto de elementos e símbolos de nossa rica região. A criação de uma corte medieval com personagens que povoam o imaginário popular será a tônica do Bloco da Rainha Louca, marcado apenas pela presença da Rainha que comandará a folia. A figura do Rei Momo desaparece neste ano.

O desfile do Bloco da Rainha Louca será realizado em cinco alas, identificadas pelos naipes do baralho comum e por cores. Acompanhe a descrição de cada ala e os personagens que compõem cada uma delas.

D. Maria I, umas das rainhas loucas presentes na História

Bloco da Rainha Louca

Arauto da Rainha com o Decreto da Folia
Mestre de Cerimônias
Conselheiros da Folia (avaliadores dos blocos)

Ala da Nobreza
Ouros e amarela
Fanfarrão e Cômico (boneco)
Rainha da Folia
Aia e Pajem
Porta Estandarte
Nobres e Damas

Ala dos Religiosos
Paus e vermelha
Monge com a Estrela da Manhã
Anjos
Diabo
Bruxas
Morte

Ala dos Artistas e Vassalos
Copas e azul
Cancioneiros
Dançarinos
Camponeses

Ala dos Militares
Espadas e preta
Oficial
Ordenança
Carrasco
Esqueleto

Ala da Cobra Grande
Curinga e verde
Cobra Grande
Menina Moça
Chefe da Tribo
Pajé
Tribo

Parê Folia 2011: Entenda os símbolos - os blocos carnavalescos

A busca por uma identidade local será descrita em uma sequencia de postagens intituladas "Entenda os símbolos", onde serão explicados os vários personagens e ícones que estarão presentes no IX Parê Folia e que animarão os foliões "na Terra dos Parecis!" neste ano de 2011.

Galo da Madrugada, o maior bloco carnavalesco do mundo

Entenda os símbolos - os Blocos carnavalescos

No Brasil, bloco carnavalesco é um termo usado para definir diversos tipos de manifestações carnavalescas populares, sendo geralmente usado para designar, de modo genérico, diversos tipos de agremiações de carnaval. Geralmente, o termo designa um conjunto de pessoas que desfilam no Carnaval, de forma semi-organizada, muitas vezes trajando uma mesma fantasia, ou vestidas do modo que mais lhe agradar.

Desde meados do século XIX as ruas da cidade do Rio de Janeiro eram invadidas, nos dias de carnaval, por grupos de pessoas dispostas a se divertir. Até as primeiras décadas do século XX não havia grandes distinções entre os vários tipos de brincadeiras que ocupavam a cidade e que podiam ser chamadas indistintamente de ranchos, cordões, grupos, sociedades ou blocos, entre outras denominações genéricas.

Bonecos de Olinda, os maiores fantoches do mundo

Durante a década de 1920, organizar a "confusão" carnavalesca passa a ser um dos objetivos da elite cultural que, com ajuda da imprensa, começa a definir as diferentes categorias da folia numa escala que iria das sofisticadas sociedades carnavalescas – ou grandes sociedades – até os temidos cordões.

Dentro dessa nova organização, os grupos do carnaval chamado de popular (ou Pequeno Carnaval) podiam ser classificados como ranchos (considerados como mais sociáveis), blocos ou cordões (vistos como o carnaval descontrolado).

Escola de Samba, considerado um dos tipos de bloco carnavalesco

Os blocos situavam-se, portanto, a meio caminho entre os louváveis ranchos e os freqüentemente condenados cordões. É essa característica ambivalente que faria dos blocos a inspiração para as os grupos de samba que buscariam a aceitação da sociedade no final da década de 1920 e que passariam a ser denominados de escolas de samba a partir da década de 1930.

Blocos carnavalescos de Campo Novo do Parecis

Diversos blocos já desfilaram em bailes de salão e nas edições do Parê Folia. Dentre eles podemos citar:
K-Lingualá
Só K-Língua
Chihuahua
Na Moral
Reviver
Tôa Toa
Só Entra Quem Phode
Farrapos
Vira Copo
Inimigus do Bar
Pé de Cana
Blocão
Katanóis

Parê Folia 2011: Entenda os símbolos - a Jararaca e os matukulydios

A busca por uma identidade local será descrita em uma sequencia de postagens intituladas "Entenda os símbolos", onde serão explicados os vários personagens e ícones que estarão presentes no IX Parê Folia e que animarão os foliões "na Terra dos Parecis!" neste ano de 2011.

Jararaca, animal sagrado entre os Paresí, inspiração para a criação dos matukulydios

Entenda os símbolos - a Jararaca e os matukulydios

Os Paresí acreditam que as florestas e os rios são habitados por espíritos. Uma serpente espírito e sua esposa eram cultuados na casa dos homens, onde a serpente era representada por uma espécie de trombeta e sua esposa, por uma flauta.

Na Casa da Jararaca onde os homens dançavam e cantavam, as mulheres eram proibidas de entrar. Os homens bebiam chicha para aliviar a sede da serpente espírito e comiam grandes quantidades de carne para satisfazer sua fome.

Cestaria tradicional Paresí com as faixas decorativas conhecidas como matukulydios

Na arte Paresí, encontram-se tambem as pinturas corporais - ambos os sexos eram tatuados, costume este que foi abandonado e começa a ser resgatado atualmente. Este padrão de arte é conhecido entre os Paresí como matukulydio e pertence à linguagem secreta das grandes flautas sagradas - as Yámaka, que ficam nas casas cerimoniais proibidas ao olhar das mulheres.

Padrão semelhante à pintura corporal é encontrado na cestaria e em gravuras nos sítios arqueológicos da Prainha e da Véia Péia, indicando um costume milenar entre os Paresí.

http://pib.socioambiental.org/pt/povo/paresi/2034

Parê Folia 2011: Entenda os símbolos - o chitão

A busca por uma identidade local será descrita em uma sequencia de postagens intituladas "Entenda os símbolos", onde serão explicados os vários personagens e ícones que estarão presentes no IX Parê Folia e que animarão os foliões "na Terra dos Parecis!" neste ano de 2011.

Painel confeccionado com o tecido chitão, ícone nacional

Entenda os símbolos - o chitão

A chita é um tecido de algodão cujas principais características são as grandes estampas florais e suas tramas simples. As cores intensas servem não só para embelezar o tecido, mas também para disfarçar suas irregularidades.

Inicialmente usada apenas como toalha de mesa passou, com o tempo, a ser usada também na confecção de roupas. Por ser barata, seu uso sempre esteve ligado à população mais simples.

A chita, ou chitão como é conhecido atualmente, veio para o Brasil com os europeus a partir de 1800. O tecido originário da Índia passou por várias melhorias até chegar a chita que temos hoje. Após um longo processo burocrático, cultural e financeiro, a chita passou a ser produzida também no Brasil.

A produção do tecido no país o barateou, e muito, tornando populares as peças confeccionadas com o material, transformando-o, assim, em um dos ícones da identidade nacional, sendo também um ícone do estado de Mato Grosso. Atualmente é mais usado em festas populares, como as festas juninas e as tradicionais festas de santo da baixada cuiabana.

Em Campo Novo do Parecis, o chitão será visto nas fantasias dos personagens que compõem o Bloco da Rainha Louca e na grande Jararaca que será apresentada nas noites de sábado e segunda-feira, acompanhada de inúmeros indígenas que animarão o IX Parê Folia "na Terra dos Parecis!".

domingo, 20 de fevereiro de 2011

"Na Terra dos Parecis" é tema de Parê Folia 2011

Dentre as várias possibilidades de logomarca e slogan, a Comissão Pró-Carnaval decidiu por utilizar a que mais desse identidade para o carnaval camponovense.

Logo do IX Parê Folia traz símbolos que identificam a cultura local

O Parê Folia é um evento promovido pelo Governo Municipal de Campo Novo do Parecis em parceria com a Câmara Municipal, Rotary, Lions e ACIC, juntamente com inúmeros outros parceiros que contribuem para essa festa tradicional neste período de carnaval.

O IX Parê Folia, neste ano de 2011, tem como slogan "na Terra dos Parecis!" e traz em sua logo o colorido do chitão, tecido que é patrimônio nacional e que também identifica o estado de Mato Grosso, e a imagem de uma jararaca e os matukulydios, que identificam a milenar cultura dos Paresí-Haliti .

Esta busca por uma identidade para o carnaval camponovense tem direcionado também a criação de um bloco que dê identidade para o Reinado da Folia e traga os vários símbolos presentes nesta região.

Em uma sequencia de postagens intituladas "Entenda os símbolos" serão explicados os vários personagens e ícones que estarão presentes no IX Parê Folia e que animarão os foliões "na Terra dos Parecis!" neste ano de 2011.

Arte da logo: Alexandra Rodrigues e Roberto Nonenmacher

Slogan: Van César

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Espetáculos camponovenses já estão na divulgação do Fringe 2011

Peças de Campo Novo do Parecis serão apresentadas no Festival de Teatro de Curitiba

Os dois espetáculos camponovenses selecionados para o Fringe 2011 já estão na divulgação do Festival de Teatro de Curitiba (FTC). “Amure” e “Plié: O Bailarino” serão apresentados pelo Teatro Ogan entre os dias 07 e 10 de abril na capital paranaense.

A peça Plié será apresentada no Espaço Bisbilhoteca nos dias 07 e 08 de abril. Conta a história de um clown (palhaço) e suas limitações com as danças. O personagem, apesar de não falar uma única palavra, transmite lições sobre sexualidade, infância, alegria, entre outros.


Já Amure é um espetáculo folclórico que fala sobre as questões indígenas dos Paresí-Haliti. Será apresentado no Auditório Brasílio Itiberê, no centro de Curitiba. A peça propõe uma reflexão sobre a relação histórica dos índios da região com os não índios, especialmente os impactos causados pelos contatos ao longo dos dois últimos séculos.


O grupo, composto por seis integrantes, viaja pela segunda vez para fora do estado, a primeira foi em 1997 quando o Ogan participou do XVII Festival Mineiro Nacional de Teatro (FestiMinas), em Belo Horizonte.

Apoio
As despesas com a viagem para Curitiba terão que ser todas custeadas pelo Teatro Ogan, por isso, o grupo tem buscado parceiros que queiram colaborar com os artistas. Os interessados poderão procurar os artistas ou agendar uma visita pelos telefones: 9987-9326, 9974-1914 ou 9613-9548.

Seis camponovenses estão aptos ao Conselho Estadual de Cultura

Imagem Ilustrativa
Fotografia de Sílvia Schneiders

Campo Novo do Parecis teve seis cadastros deferidos para o processo eleitoral de 2011 do Conselho Estadual de Cultura (CEC), o que significa 100% de deferimento, pois apenas estes enviaram a documentação exigida pelo CEC no prazo determinado.

De acordo com a Resolução 003/2011 a lista definitiva traz a aprovação dos seguintes artistas: Nilse Zamignan Guollo (Artesanato), Sílvia Regina Schneiders (Fotografia e Organização de Eventos), Marcos Silva (Música), Carlito Ferreira do Nascimento (Capoeira), Vanderlei Guollo (Teatro e Artes Plásticas) e Alexandre Rolim de Morais (Teatro).

Apenas estes seis artistas camponovenses poderão participar do processo eleitoral de escolha dos novos conselheiros estaduais de cultura, que deve acontecer no próximo mês de abril em Cuiabá. Antes porém, uma reunião em Campo Novo deve escolher os três delegados que participarão da eleição.

A resolução vem assinada pelo secretário de Cultura e novo presidente do CEC, João Antônio Cuiabano Malheiros.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Reunião com blocos carnavalescos acontece sexta

IX Parê Folia ocorre na Praça de Eventos

O Centro Cultural convida todos os dirigentes de Blocos carnavalescos para uma reunião sobre o IX Parêfolia "na Terra dos Parecis", evento que promete ser o início de uma nova época dos carnavais camponovenses.

A reunião será na próxima sexta-feira, dia 18 de fevereiro, às 15h, nas dependências do Centro Cultural, na rua Severino Euflasino de Lima, 1206-NE, Bairro Nossa Senhora Aparecida.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Tela Digital abre inscrições para a Temporada de 2011

Já pensou em exibir seu vídeo na TV?


Inscrições abertas para vídeos de 03 a 12 minutos

No dia 1º de fevereiro começaram as inscrições para o Festival de Vídeo Tela Digital, uma parceria entre a TV Brasil e a Kinoforum com o objetivo de promover o audiovisual brasileiro. Os vídeos, de 03 a 12 minutos, podem ser feitos com câmeras profissionais, câmeras fotográficas digitais, celulares ou animações feitas em computador, e devem ser enviados para o site www.teladigital.org.br.

A partir de abril, a TV Brasil irá exibir uma série semanal de 26 episódios, apresentada por Naruna Costa e Samuel Assis, com os curtas de todas as regiões do Brasil selecionados por uma comissão. Os dois últimos programas serão dedicados ao anúncio dos finalistas e à premiação. Os prêmios totalizam R$60 mil.

Saiba mais, acesse: www.florestaemalta.blogspot.com

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Malheiros troca conselheiros de Cultura

Secretário João Malheiros se preocupa com análise de projetos para não cair em escândalo com verbas carimbadas


Deputado João Malheiros, atual Secretário de Cultura de Mato Grosso

O novo secretário de Estado de Cultura, deputado licenciado João Malheiros (PR), decidiu substituir alguns membros do Conselho Estadual de Cultura e todos, como de praxe, são indicados pelo Palácio Paiaguás.

Mesmo sem afinidade com o setor e com atuação mais política do que técnica, Malheiros está preocupado com o risco de "estourar" algum escândalo em sua gestão. É que o processo de análise, aprovação e liberação de recursos sempre suscitou polêmicas e denúncias de "cartas marcadas" para beneficiar determinados proponentes. Há reclamação sobre existência de um grupo dentro do Conselho que "maquia" projetos para contemplar artistas e priorizar algumas regiões em detrimento de outras.

Malheiros conta para este ano com um orçamento de R$ 21 milhões, 32% a mais se comparado aos R$ 15,9 milhões do exercício de 2010, período em que a pasta esteve sob Paulo Pitaluga e Oscemário Daltro, que agora responde como adjunto. Os recursos para projetos culturas vêm do Fundo Estadual de Incentivo à Cultura via ProAC.

Com as mudanças, passam para assentos de titulares do Conselho o próprio Malheiros, os secretários Nico Baracat (Cidades) e Teté Bezerra (Desenvolvimento do Turismo), Edival Falcão Pereira, o humorista Justino Astrevo de Aguiar, a ex-secretária de Turismo Vanice Marques e Tânia Mara Arantes Figueira. Como suplentes entram Edilene Lima Gomes, Juliana Fiúza Ferrari, Maria José Couto Vale, Anibal Alencastro, Oscemário Daltro, Rômulo Steffano Wanderley Fraga e Vannessa Christyne Jacarandá.

Há projetos que conseguem "arrancar" dos cofres do Estado mais de R$ 200 mil, enquanto outros sofrem para conseguir R$ 8 mil. Os maiores problemas detectados na Cultura pelo TCE são inadimplência na prestação de contas ou justificativas em instrumentos de termos de concessão de auxílio e contratos de fomento à cultura e convênios.

Entre os artistas há uma guerra por verbas públicas. Em muitos casos, segundo denúncias, leva vantagem quem usufrui de maior influência política. A consistência, qualidade e importância das propostas acabam ficando em segundo plano.

Por Romilson Dourado e Fernando Ordakowski

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Livro do Ipea avalia os pontos de cultura

O livro é expressão do acúmulo de conhecimentos do Ipea no acompanhamento e na avaliação de políticas públicas, resultando em um olhar simultaneamente compreensivo e crítico do programa.

Livro traz dados do Ipea sobre pontos de cultura no Brasil

As discussões a respeito das políticas culturais se ampliaram e ganharam em profundidade no Brasil dos últimos anos. No livro "Cultura Viva - Avaliação do 'Programa Arte Cultura e Cidadania - Cultura Viva" é possível conhecer um exercício de efetivo exame de um dos programas centrais do Ministério da Cultura, conduzido pela Secretaria de Cidadania Cultural (SCC/ MINC).

Apesar dos inúmeros pontos positivos do programa, o leitor poderá encontrar na reflexão ali presente uma cesta de desafios que pode muito bem ser estendida a outras políticas com desenhos similares.

A avaliação constatou que o Estado brasileiro ainda não tem instrumentos adequados para suportar, de maneira efetiva, políticas com o desenho e forma de execução do "Programa Arte Cultura e Cidadania- Cultura Viva" e que, portanto, é necessário capacitá-lo, dotando-o de instrumentos jurídicos e de gestão adequados para que o programa persiga objetivos da cidadania cultural.

Dessa maneira, a avaliação do "Programa Arte Cultura e Cidadania" manteve a referência aos objetivos do programa que tratam de objetivos situacionais, ou seja, que se referem a mudanças de valores, crenças, disposições e formas com as quais os atores sociais percebem sua atuação política, social e cultural, e também se referiu aos resultados do programa, ou seja, se referiu às capacidades do programa em manter uma linha clara de atuação na obtenção de certos efeitos na vida cultural do seu público-alvo.

Ponto de Cultura sãocarlense, o Independência ou Marte - Conexões Solidárias.

Por outro lado, em contraste com esse primeiro conjunto, a avaliação indagou sobre as qualidades da ação pública e de sua capacidade de coordenar e obter cooperação entre os atores envolvidos no programa.

Conforme o relatório final, "o Programa Arte Cultura e Cidadania - Cultura Viva contribui para o enfrentamento de problemas relativos às carências de instrumentos e estímulos para a produção e circulação da expressão da cultura local, e também pode contornar o problema do isolamento das comunidades em relação às novas tecnologias e aos instrumentos de produção e educação artístico-culturais disponíveis em outros meios". Assim ficaram sintetizados o problema e objetivos do programa:

Problema: desvalorização da produção cultural dos grupos e comunidades e sua exclusão dos meios de produção, fruição e difusão cultural.

Objetivos: fortalecer o protagonismo cultural da sociedade brasileira, valorizando as iniciativas culturais de grupos e comunidades excluídas e ampliando o acesso aos bens culturais.

A partir dessas definições foi possível construir alguns indicadores para o acompanhamento do programa. Em geral os indicadores são substitutos de conceitos mais abstratos e pouco mensuráveis. Alguns indicadores são tangíveis (idade, sexo, escolaridade, remuneração, etc.) e outros intangíveis (protagonismo, auto-estima, cidadania, etc.), mas sempre devem procurar refletir com clareza os objetivos do programa ou da avaliação, condensando a complexidade das situações a medidas simplificadas.

O Ponto de Cultura Pau e Lata atua em nove núcleos diferentes em Natal

A partir daí, seguiram-se viagens para levantamento de dados em mais de 500 Pontos de Cultura distribuídos em aproximadamente 250 municípios brasileiros. Dentre os indicadores construídos para o acompanhamento da realização dos objetivos estão:

Indicador de esforço: Traduz em medida quantitativa o esforço operacional para a alocação de recursos humanos, físicos e financeiros
Indicador de infra-estrutura: Espécie no gênero dos indicadores de esforço enfatiza a disponibilidade e adequabilidade de instalações para a realização de certas atividades
Indicador de acessibilidade: Afere a capacidade potencial de oferecer condições de acesso a bens, serviços e espaços culturais
Indicador de sustentabilidade: Afere os graus de estruturação das instituições, grupos e movimentos sociais para gerenciamento de atividades, recursos humanos ou financeiros
Indicador de participação: Afere o grau de envolvimento das pessoas em relação aos processos decisórios de política e programas;
Indicador de inclusão econômica: Afere a capacidade potencial de oferecer a pessoas o acesso a recursos econômicos

Esse conjunto de indicadores selecionados para o programa oferece um quadro quantitativo que descreve de forma aproximada as ações do programa em termos de recursos e resultados.

Ninho do Sol: ponto de cultura da Terra dos Parecis

Avaliação dos pontos de cultura

Esse conjunto de indicadores diz respeito não às atividades da SCC, mas dos resultados indiretos referidos à sua atuação. Dessa maneira, pode-se dizer que o programa possibilitou acesso a recursos para que 526 pontos (conveniados até dezembro de 2007) desenvolvessem atividades durante três anos, sendo que 16% estavam com atividades suspensas, não haviam iniciado atividades ou estavam desativados.

O programa foi responsável direto pela ampliação das atividades culturais realizadas pelos pontos. Embora 63% dos espaços físicos já existissem antes disto, entre bibliotecas, discotecas, brinquedotecas, salas de aulas etc., 37% derivaram do processo de conveniamento e, portanto, de indução por parte do poder público.

Os indicadores de esforço mostraram que o programa ampliou muito o número de pessoas envolvidas com os processos relacionados a políticas públicas culturais, pois o número de pessoas que trabalhava nos pontos de cultura ultrapassava a cifra de quatro mil pessoas ou a média de 11 pessoas por ponto, sendo que 1.507 eram voluntários e 2.574 eram remunerados. Esse número supera em muito, mesmo que se deva considerar a natureza diferencial dos objetivos e limites das instituições, o esforço feito por várias das instituições federais de cultura no que se refere á mobilização de recursos humanos. E ainda se deve considerar o baixo valor relativo da iniciativa que desembolsa para cada ponto de cultura em torno de R$ 180 mil reais em três anos.

Ponto de Cultura Pixaim, de Cuiabá: cultura negra é o foco principal

Quanto ao número de freqüentadores deve-se dizer que, embora não seja exata e tradicionalmente um indicador de esforço, dadas as características do programa, que procura envolver as comunidades nas atividades culturais, agrupou-se esse indicador de freqüência como espécie do gênero indicador de esforço. Também aqui se vê os impactos do programa no dia-a-dia da vida cultural: os freqüentadores habituais dos pontos ultrapassam o número de 124 mil pessoas. Os esporádicos ultrapassam a casa de 1 milhão de pessoas.

O indicador de infra-estrutura indica a necessidade de reformas para 32% dos pontos de cultura, ou seja, aponta a inadequação de muitos dos pontos ou de seus espaços.

O mesmo vale para os indicadores de acessibilidade que revelaram problemas na acessibilidade aos pontos por razões da situação do entorno (percepção da violência) ou por razões de infra-estrutura urbana (transportes caros ou insuficientes). Também é revelador que os pontos de cultura não tenham desenvolvido sensibilidade à acessibilidade do portador de necessidades especiais, fato indicado pelos problemas de acesso em 35% dos pontos. Aqui deve ser enfatizado que esse problema foi sub-registrado, pois a resposta partiu da percepção subjetiva dos entrevistados, que nem sempre consideraram com a propriedade necessária a questão da acessibilidade.

Ação Cultural: um pontão de cultura de Mato Grosso

Os indicadores de sustentabilidade, por sua vez, revelaram que a fonte principal dos pontos de cultura é o próprio programa (74%), mas que os pontos mantêm relações com outras fontes de financiamento (83%) e mantêm relações estáveis com outras instituições (97%). Considerando que a cultura é um direito fundamental e que a proteção, incentivo e o desenvolvimento são deveres do Estado, parece que não há dificuldade em admitir que a sustentabilidade deva ser vista nesse contexto, isto é, da manutenção de políticas públicas como garantia de direitos, embora a mecânica de repasses e os critérios de escolha e alocação possam ser aperfeiçoados. No entanto, a sustentabilidade pode ser comprometida em razão dos atrasos dos repasses e da descontinuidade do fluxo de recursos. Essas questões foram exaustivamente levantadas e discutidas ao longo da pesquisa avaliativa.

As insuficiências dos processos participativos explicitam-se no fato de que a gestão compartilhada, mesmo sendo princípio e parte da democracia cultural, ainda enfrenta dificuldades em ser completamente realizada. Este argumento é reforçado pelos dados de participação das comunidades nos processos de planejamento quando se vislumbra que apenas 17% dos pontos incluem pessoas da comunidade no planejamento. De qualquer maneira deve-se enfatizar que 95% dos pontos têm mecanismo de planejamento do quais tomam parte a própria equipe.
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CULTURA VIVA: Avaliação do Programa Arte Educação e Cidadania
Ipea: 148 p.
Frederico A. Barbosa da Silva, Herton Ellery Araújo - Organizadores
Diretoria: DISOC

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Flauta Mágica recebe Prêmio Anu 2011

Projetos sociais são homenageados no Theatro Municipal no Rio, e Mato Grosso foi representado pelo Projeto Flauta Mágica.

Maestro Gilberto Mendes, do Projeto Flauta Mágica, recebendo o prêmio Anu 2011

O pássaro anu preto, no passado, por sua cor, era associado ao mau agouro, ao cativo, ao excluído numa sociedade em que prevalecia o domínio senhorial, mas na noite do dia 07 de fevereiro, tornou-se objeto de desejo, o prêmio mais especial da noite.

O esplendoroso “Theatro Municipal” do Rio de Janeiro abriu suas portas para o “povo” da favela que lotou seus belíssimos camarotes e galerias para assistir a entrega do PRÊMIO ANU 2011 aos projetos sociais vencedores de cada estado, na primeira etapa do prêmio.

A CUFA – Central Única das Favelas conseguiu esse feito inédito e ainda por cima, levou para o teatro, vários artistas globais, cantores e cantoras famosos e o cineasta Cacá Diegues para a entrega dos troféus aos representantes de cada projeto vencedor. Os depoimentos foram unânimes quanto à grandeza do feito inédito.

O povo da favela que compareceu ao teatro para assistir um belíssimo show com Alcione, Fernanda Abreu, Sandra de Sá, Dudu Nobre e outros, se emocionou com as homenagens prestadas aos projetos sociais. O acontecimento deu provas mais do que concretas de que algo muito profundo está acontecendo no Brasil.

Em seu depoimento, o ator Lázaro Ramos emocionou a todos com uma bela referência ao fato do povo simples estar naquele momento como foco principal no “Theatro Municipal” do Rio. Lázaro disse ainda que durante sua infância ouviu muitas vezes as pessoas lhe dizerem para “procurar seu lugar”. Já adulto lhe ocorreu uma reflexão sobre onde é o nosso lugar e concluiu brilhantemente que nosso lugar não é “onde as pessoas querem que fiquemos” pois “nosso lugar é onde queremos estar”.

O maestro Gilberto Mendes do projeto matogrossense Flauta Mágica estava lá entre os vinte e sete representantes dos 26 Estados brasileiros e também do Distrito Federal. Ele subiu ao palco para receber o Anu Dourado das mãos do ator global Edson Celulari em reconhecimento ao trabalho desenvolvido a mais de 10 anos com crianças e adolescentes oriundas de exclusão social.

O Projeto

O Projeto Flauta Mágica tem por finalidade promover ações de arte, educação e cultura como instrumentos eficazes contra a pobreza e a exclusão social, bem como estabelecer parcerias com instituições e empresas privadas que desenvolvam programas de qualificação profissional para jovens aprendizes.

Todas as crianças e adolescentes assistidas pelo Projeto Flauta Mágica são oriundas de famílias de baixa renda, onde o rendimento mensal familiar em média não ultrapassa a dois salários mínimos.

Para maiores informações acessem: http://flautamagica.org.br

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Didgeridoo: a flauta mais antiga do mundo

Didgeridoo: flauta ancestral dos aborígenes da Austrália

Origem

Uma das lendas sobre a origem do Didgeridoo conta que, em um tempo em que não havia estrelas no céu, para evidenciar nossa pequenez frente a este Universo, e em que não havia música, para aflorar nossa sensibilidade, um grupo de aborígines, no norte da Austrália, se reuniu à volta de uma fogueira simplesmente para apreciá-la.

O mais atento deles percebeu que, de um pedaço de madeira em chamas, estavam saindo pequenos insetos. Sentindo compaixão por eles, rapidamente tirou aquele pedaço de madeira da fogueira e, vendo que era oco, assoprou-o para o alto, para retirar os insetos da quente madeira. Ao assoprar, o som do Didgeridoo ecoou pela noite e, ao irem para o alto os pequenos insetos, as estrelas se formaram.

Originalmente era considerado sagrado, e ainda o é, pelos aborígines do norte da Austrália, sendo tocado em seus rituais místico-religiosos. Segundo alguns historiadores, é o instrumento musical mais antigo do mundo. Considerando pinturas rupestres encontradas naquele país, estima-se que exista há aproximadamente 40.000 anos.

Aborígene tocando flauta: instrumento pode ser o mais antigo do mundo

A palavra "Didgeridoo"

A maioria dos estudiosos do assunto considera que a palavra "Didgeridoo" é onomatopeica (palavra cuja pronúncia imita o som natural da coisa significada), inventada por ocidentais. Mas alguns consideram possível ser ela uma derivação de duas palavras irlandesas: dúdaire ou dúidire, que tem vários significados, como "corneteiro", "fumante inveterado", "soprador", "pescoçudo", "abelhudo", "aquele que cantarola", "cantor de canções populares com voz macia e aveludada", e a palavra dubh, que significa "negro", ou duth, que significa "nativo".

Na Austrália, há pelo menos 45 sinônimos para o nome Didgeridoo, dependendo da tribo ou da região. Estão entre esses sinônimos: bambu, bombo, kambu e pampuu, todos diretamente se referindo a bambu, o que indica, entre outros estudos, que os primeiros Didgeridoos eram feitos de bambu.

Há outros sinônimos que, na linguagem dos aborígines, também têm alguma relação com bambu: garnbak, illpirra, martba, jiragi, yiraki e yidaki, sendo esses dois últimos os nomes mais usados para Didgeridoo pelos aborígines australianos.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A fábula "O rouxinol e a flauta de Pã"

Dizem que o Rouxinol era um pássaro comum como todos os outros, cinzento e sem graça. Piava, voava, fazia seu ninho, comia frutos e sementes.

As Fábulas de Esopo, literatura muito explorada na atualidade

Segundo velha lenda nórdica ele ganhou as penas róseas e a voz maravilhosa por ter uma grande paixão e resolveu morrer pela sua amada. Segundo Esopo ele foi tomar aulas de canto e criação artística com o gênio da Flauta divina das florestas, o famoso sátiro Pã.

Rouxinol, o pássaro flautista das fábulas de Esopo

O semideus emitia uma melodia e o Rouxinol a repetia. Depois a flauta produzia outros acordes e melodias e o Rouxinol modelava tudo em sua garganta, qualquer que fosse a dificuldade das combinações, com igual ou maior perfeição do que a flauta mágica. Os pássaros, os bichos, as borboletas, os elementais e todos os seres da mata se reuniam para ouvir os dois artistas experimentando as maravilhas dos sons.

Cansado e esgotado em sua inventividade, Pã assentou na relva e o Rouxinol ampliou um pouco a última melodia, depois ampliou mais, improvisou sons ainda não produzidos, soltou nos trinados de harmonia surpresas para si próprio. Tentou mais uma criação além de todas as lições... Dizem que Pã saiu de mansinho, com todos os ouvintes embevecidos e se afundou pelas selvas e até hoje não voltou a se mostrar.

REVISÃO. Alguns recontadores se aventuram a pensar que Pã fugiu triste. Outros concluem que ele ficou muito feliz por ter tido um aluno tão brilhante. Outros emitem a moral de que “o discípulo deve subir além do Mestre”.

Esopo, famoso fabulista na antiga Grécia

O que é uma Fábula?

Fábula é uma narrativa figurada, na qual as são animais que ganham caracteristicas humanas. Sempre contém um moral por sustentação, constatada no final da história. É um gênero muito versátil, pois permite diversas maneiras de se abordar determinado assunto. É muito interessante para crianças, pois permite que elas sejam ensinadas dentro de preceitos morais sem que percebam.

A fábula surgiu no Oriente, mas já era cultivada entre assírios e babilônios. No entanto foi o escravo grego Esopo, que viveu no século VI a.C. quem consagrou o gênero. La Fontaine foi outro grande fabulista, imprimindo à fábula grande refinamento.

http://pt.shvoong.com/books/mythology-ancient-literature

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A flauta de Pã pelo mundo

Nessa postagem mostramos alguns dos tipos de flauta de Pã ou flauta pastoril encontradas em diversas culturas no mundo.

Flauta de Pã estilo romeno, instrumento folclórico muito utilizado

Flauta de Pã ou Flauta de Amolador é um instrumento com grandes tradições em Portugal. O amolador fazia-se anunciar ao som da sua flauta, correndo a escala musical, do grave para o agudo e vice-versa, com uns floreados pelo meio. Era a publicidade da época. Porque além de amolar facas, "tisoiras" e consertar panelas, ele também arranjava guarda-chuvas. O povo da aldeia, quando ouvia ao longe o som da sua flauta de Pã, dizia: vai chover!

Na Birmânia é um dos instrumentos populares mais importantes, onde é conhecido por "naúre". Na Romênia, a flauta Pã é disposta em curvatura (função ergométrica) e sua base (sapata) é feita em madeira de lei. Na Oceania a flauta é conhecida por didgeridoo.

Nos países andinos a flauta de pã é conhecida como "siku" pela comunidade Aymará, de "antara" pelos Quechuas e "zampoña" pelos espanhóis. Existem vários tipos, tamanhos, notas, tipos de canas, dependendo da localidade onde é construída a flauta de Pã: no Peru existem flautas com até 2 metros de altura.

Flauta de Pã andina: conhecida por "siku", "antara" ou "zampoña"

Os "sikus" mais originais ou "puros" são tocados em escala pentatônica. Existem uma característica comum de tocar o "siku" em par, isto é, tocando uma parte e alternando a escala com a outra parte sempre juntas. Essa partes são denominadas masculino e feminino, uma parte se chama "ira" que guia e a outra se chama "arka" que acompanha.

O termo "sikuri" é usado nas comunidades bolivianas para o tocador de "siku", e o termo "sikuriadas" ou "sikuriados", são temas melódicos tocados somente com os "sikus". Nos povoados andinos é comum encontrar essas "tropas" musicais que variam de cinco ou dez "sikuris" ou até mais.

No Equador, nas comunidades índigenas existe um parente próximo ao "siku" ou "zampoña", é o "rondador", flauta construída com canas bem finas enfileiradas, de 20 a 40 canas. Também tocado em escala pentatônica, muito utilizado em danças como "sanjuanito", "albazo", "longuita", "pasacalle", e outras.

Pã e Syrinx: surge a flauta de pã

Na sétima postagem sobre a flauta doce, narramos o mito de criação da flauta de Pã na antiga Grécia, um dos instrumentos de sopro utilizado pelo povo Paresí-Haliti ainda nos dias de hoje.

Pã, senhor dos bosques, segundo a mitologia greco-romana

Segundo a mitologia greco-romana, Pã é uma antiquíssima divindade pelágica especial à Arcádia, o guarda dos rebanhos que ele tem por missão fazer multiplicar. Deus dos bosques e dos pastos, protetor dos pastores, veio ao mundo com chifres e pernas de bode. Pã é filho de Mercúrio, o mensageiro dos deuses.

Cartas de tarô - Pã é representado como a figura do Diabo

A imagem mais conhecida de Pã é disseminada pelo cristianismo que, na Idade Média, o associou ao Diabo, muito popular ainda nos dias de hoje: o "pé-de-bode", o "chifrudo", o "capeta", "o cabeça-de-bode", o "tinhoso".

Mito de criação da flauta de Pã

Um dia percorria Pã o monte Liceu, segundo o seu hábito, e encontrou a ninfa Syrinx que jamais quisera receber as homenagens das divindades e que só tinha uma paixão: a caça. Aproximou-se dela, e como nos costumes campestres se vai imediatamente ao objetivo, sem nenhum artifício, sem nenhum desvio, disse-lhe: "Cedei, formosa ninfa, aos desejos de um deus que pretende tornar-se vosso esposo." (Ovídio).

Pã e Syrinx: mito que deu origem a flauta de Pã

Queria falar mais; mas Syrinx, pouco sensível àquelas palavras, deitou a correr, e já chegara perto do rio Ladon, seu pai, quando, vendo-a detida, rogou às ninfas, suas irmãs, que a acudissem. Pã, que lhe saíra no encalço, quis abraçá-la, mas em vez de uma ninfa, só abraçou caniços. Suspirou e os caniços agitados emitiram um som doce e queixoso.

O deus, comovido com o que acabava de ouvir, pegou alguns caniços de tamanho desigual e, unindo-os com cera, formou a espécie de instrumentos que se chama syrinx e que constitui a flauta de sete tubos, transformada em atributo de Pã.

A imagem de Pã utilizada pelo cinema: O Labirinto do Fauno

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Morre o "Velho do Saco" de Campo Novo

Personagem conhecido de Campo Novo do Parecis, o "seo Luiz", mais conhecido como o "velho do saco", faleceu na tarde desta terça-feira, 01 de fevereiro de 2011, no Centro Hospitalar Euclides Horst.

Imagem ilustrativa do "velho do saco", personagem das lendas urbanas

Morador antigo da cidade, vivendo de favores numa casa cedida pelo Centro Espírita Aprendizes do Evangelho, "seo Luiz" foi aposentado recentemente com ajuda da Defensoria Pública.

No registro de nascimento consta que Luiz Carbone nasceu em 06 de setembro de 1938, tinha portanto 72 anos, mas ninguém sabe ao certo sua idade. Moradores foram chamados como testemunhas e, juntamente com a Justiça, fizeram seus documentos e "calcularam" sua idade para fins de aposentadoria.

Algumas de suas histórias são conhecidas por Alverino Guollo, que sempre acompanhou e apoiou o "seo Luiz". Segundo o mesmo, o "velho do saco" já trabalhou em garimpo, chegando a ganhar muito dinheiro com dragas. Chegou mesmo a ter seis delas. O dinheiro ganho? Gasto todo com festas e mulheres, segundo "seo Luiz" narrou.

Atrevo-me a dizer que cada cidade tem seu "velho do saco" - Van César

Por que "velho do saco"?

Cada cidade tem seus loucos e seus bêbados, que juntamente com o "velho do saco", são figuras conhecidas de praticamente todos os moradores, principalmente das crianças.

Derivada dos mendigos que permeiam todas as cidades, narra essa lenda que um velho malvestido, e com um enorme saco de pano nas costas, anda pela cidade levando embora as crianças que fazem "arte".

Em algumas versões, o velho é retratado realmente como um mendigo, outras ainda o apresentam como um cigano, dependendo da região do país onde ela é contada. Há ainda versões mais detalhadas (entendam como cruéis) em que o velho (mendigo ou cigano) leva a criança para sua casa e lá faz sabonetes e botões com elas.

"Seo Luiz", antes da aposentadoria, vivia catando latinhas com um saco de ráfia, todo sujo, de chinelo de dedo nos pés e seu cigarro de palha na boca. Figura simpática, de andar característico, usada por mães para amendrontar crianças desobedientes: "não faça isso senão o 'velho do saco' te pega". Pudessem os perigos do mundo serem apenas do tamanho da simplicidade e simpatia de "seo Luiz".

"Seo Luiz", os poucos amigos e conhecidos sentem sua partida. E nós prestamos nossa homenagem a essa que é uma das "figuras folclóricas" de Campo Novo do Parecis.

Por Van César
Da série: Figuras folclóricas de Campo Novo do Parecis.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

"Sinais" é apresentada em Campo Novo do Parecis

No último dia 28 de janeiro, no Plenário do Fórum, a comunidade camponovense teve a oportunidade de prestigiar o espetáculo “Sinais” com a Cia Cena Onze de Cuiabá.

Cena do espetáculo "Sinais" da Cia Cena Onze, de Cuiabá

O texto de Graciele Girardello, dirigido por Flávio Ferreira e encenado pela companhia, aborda a vida de uma família de classe média com enfrentamento às seduções do mundo externo na vida dos filhos adolescentes.

As drogas e os efeitos provocados por ela como doenças, violência e criminalidade fazem parte da trama. Além das drogas ilícitas, também insere a questão do alcoolismo e o bullying.

A peça Sinais integra o Programa "De Cara Limpa Contra as Drogas" da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, desenvolvido com apoio da Secretaria de Segurança Pública (Sesp).

O programa, que nasceu em 2007 em Campo Novo do Parecis é executado pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) de Cuiabá, sob o comando da delegada Drª Elaine Fernandes.

O Programa "De Cara Limpa Contra as Drogas" busca sensibilizar e conscientizar a sociedade de que a prevenção ao uso e a repressão ao tráfico de drogas não é apenas dever da polícia, mas responsabilidade de todo cidadão que deseja um mundo de paz.

Segundo a delegada Drª Elaine Fernandes "foi um imenso prazer poder viabilizar em parceria com o Governo Municipal a vinda deste espetáculo ao berço onde nasceu o Programa que aos poucos ganha proporções gigantescas em âmbito estadual".

Sílvia Schneiders
Chefe de Eventos do Departamento de Cultura