Flauta de Pã ou Flauta de Amolador é um instrumento com grandes tradições em Portugal. O amolador fazia-se anunciar ao som da sua flauta, correndo a escala musical, do grave para o agudo e vice-versa, com uns floreados pelo meio. Era a publicidade da época. Porque além de amolar facas, "tisoiras" e consertar panelas, ele também arranjava guarda-chuvas. O povo da aldeia, quando ouvia ao longe o som da sua flauta de Pã, dizia: vai chover!
Na Birmânia é um dos instrumentos populares mais importantes, onde é conhecido por "naúre". Na Romênia, a flauta Pã é disposta em curvatura (função ergométrica) e sua base (sapata) é feita em madeira de lei. Na Oceania a flauta é conhecida por didgeridoo.
Nos países andinos a flauta de pã é conhecida como "siku" pela comunidade Aymará, de "antara" pelos Quechuas e "zampoña" pelos espanhóis. Existem vários tipos, tamanhos, notas, tipos de canas, dependendo da localidade onde é construída a flauta de Pã: no Peru existem flautas com até 2 metros de altura.
Flauta de Pã andina: conhecida por "siku", "antara" ou "zampoña"
Os "sikus" mais originais ou "puros" são tocados em escala pentatônica. Existem uma característica comum de tocar o "siku" em par, isto é, tocando uma parte e alternando a escala com a outra parte sempre juntas. Essa partes são denominadas masculino e feminino, uma parte se chama "ira" que guia e a outra se chama "arka" que acompanha.
O termo "sikuri" é usado nas comunidades bolivianas para o tocador de "siku", e o termo "sikuriadas" ou "sikuriados", são temas melódicos tocados somente com os "sikus". Nos povoados andinos é comum encontrar essas "tropas" musicais que variam de cinco ou dez "sikuris" ou até mais.
No Equador, nas comunidades índigenas existe um parente próximo ao "siku" ou "zampoña", é o "rondador", flauta construída com canas bem finas enfileiradas, de 20 a 40 canas. Também tocado em escala pentatônica, muito utilizado em danças como "sanjuanito", "albazo", "longuita", "pasacalle", e outras.
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