"Unidades de Descoberta"
Definindo uma ideia de criatividade, dizemos que ela surge quando brincamos, imaginamos ou sonhamos, e que para lidar com a arte é imprescindível preservar o espírito da criança que cada um tem dentro de si.
Todos os artistas tem um prazer infantil quando trabalham. Por mais terrível, cruel ou amargo que seja o que criamos, tudo que tem origem no prazer infantil da brincadeira.
O Jogo tem sua raiz no brincar da criança e a mudança das suas regras como fonte de novas atividades, é das contribuições sugeridas como conteúdo eficaz no processo de preparação do ator. Defendemos a necessidade de se estudar o brincar como um tema em si e não esquecendo de algumas propostas teatrais que abarcam o jogo no seu processo, propomos, baseado nas experiências efetuadas, a investigação mais acentuada e ampla desse material e sua aplicação no trabalho do ator, pois se trata de uma prática que conserva qualidades insuspeitadas na abertura de espaços para o fazer criativo de qualquer pessoa verdadeiramente interessada em atuação cênica.
Como atividade livre, voluntária, espontânea, desligada de interesses materiais, o brincar implica confiança e concentração, envolve o corpo todo e a mente, e é acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria capaz de absorver o ator de maneira intensa e total. O jogo faz de uma zona neutra e os impulsos criativos, motores e sensórios (que não são mediados pelo consciente), sua matéria prima, permitindo desenvolver em toda plenitude as necessidades de ritmo, harmonia, mudança, alternância, contraste, clímax, etc, que são requisitos fundamentais para a criação no teatro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário