domingo, 26 de setembro de 2010

Equipe do História no Ponto se encanta com ruínas e Salto Utiariti

O que restou da 1ª escola indígena de Mato Grosso
Por Sílvia Schneiders

O grupo do projeto História no Ponto, composto pela historiadora Patrícia Woolley, pelo jornalista Adriano Belisário e pelo vídeomaker Anderson Barreto, conheceu e ficou encantado com a riqueza histórico-cultural e com as belezas naturais de Campo Novo do Parecis.

Local onde funcionou Oficina Mecânica na Missão Jesuíta Utiariti no século XX
Por Sílvia Schneiders

Eles conheceram, neste sábado, 25, as aldeias Utiariti, Bacaiúval e Bacaval, além do fabuloso Salto Utiariti, entraram em contato com os indígenas das etnias Paresí-Haliti e Nhambikwara, se depararam com as ruínas da Missão Jesuíta de Utiariti e com a natureza preservada das T.I. Utiariti (Índios Paresí-Haliti-Campo Novo do Parecis) e Tirakatinga (Nhambikwara-Sapezal).

Ruína de banheiros da Missão Jesuíta
Por Sílvia Schneiders

O grupo foi acompanhado do diretor do Departamento de Cultura de Campo Novo, Vanderlei Guollo, da chefe de eventos culturais, Sílvia Schneiders, do diretor do Teatro Ogan, Alexandre Rolim e do integrante do Grupo, Eduardo Gevizier, bem como de jornalistas da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom).

Vanderlei Guollo concede entrevista a equipe do Balaio de História
Por Sílvia Schneiders

Leia abaixo matéria publicada pela Secom/MT:
Às margens do rio Papagaio, em Sapezal (480 km a Noroeste de Cuiabá), dentro da reserva Tirakatinga, dos Nhambikwaras, as ruínas da Missão Jesuíta de Utiariti (Companhia de Jesus), que catequizavam crianças indígenas no Centro Oeste do Brasil, em Mato Grosso, remetem à antiga construção do início do século XX e retratam costumes e modos de vida dos indígenas da etnia paresí e nhambikwara e padres que lá chegaram desde 1930.

Balsa sobre o Rio Papagaio
De um lado Campo Novo do Parecis e do outro Sapezal
Por Sílvia Schneiders

Andando pelo local, a sensação é de resgate histórico. Impossível não imaginar os indiozinhos correndo pelo local, estudando nas salas de aula, os padres ensinando os ofícios, como marcenaria, serralheria, além das aulas de matemática, português e religião.

Luis - Índio Paresí-Haliti que conviveu com a Missão Jesuíta
Por Sílvia Schneiders

Muitas pessoas sequer sabem que nesta região existe tamanho reduto histórico-cultural, de fácil acesso, que constituem a história não só de Mato Grosso, mas também do Brasil, já que por muito tempo a história esteve restrita à ocupação no litoral brasileiro.

O trajeto é feito de balsa de um lado ao outro da margem do rio Papagaio, entre as terras dos paresí e dos nhambikwara.

Salto Utiariti
Por Sílvia Schneiders

Este resgate à cultura, à memória de um povo, às raízes foram um dos objetivos que levaram o Ponto de Cultura 'Ninho do Sol' em Campo Novo do Parecis (396 km a Noroesre da Capital) a encaminhar o projeto sobre a cultura local e a história da missão jesuíta na terra nhambikwara, em Sapezal, para participar do documentário produzido pela Revista de História da Biblioteca Nacional (RHBN).

(...)

A historiadora e professora de História, Patrícia Woolley, acompanhou a equipe da RHBN e disse que estar nas ruínas das missões jesuítas é reviver um pedaço da história do Brasil. “Essa região, o Norte de Mato Grosso, tem um povoamento recentíssimo. Campo Novo do Parecis, por exemplo, data da década de 70.

Crianças indígenas se exibem para fotógrafos
Por Sílvia Schneiders

Então durante muito tempo isso aqui era terra ‘dos’ índios e não ‘de’ índios. Aqui é um pedaço da história do Brasil, porque ela foi sendo construída assim, aos poucos. Estar aqui é reviver um pouquinho dessa ocupação. Me sinto muito privilegiada por estar aqui”, disse Patrícia.

A preocupação com o resgate da memória não é característica do povo brasileiro, segundo Patrícia Wolley, que explicou ser esse um dos motivos de estarem em terras mato-grossenses realizando o documentário.

Casa onde morou Padre Arlindo
Por Sílvia Schneiders

A parceria entre o Ministério da Cultura, a RHBN, Ponto de Cultura de Campo Novo do Parecis, procura resgatar a memória do local. “O nosso objetivo é despertar nos próprios moradores que a região deles tem uma história e isso não pode ser esquecido. As pessoas têm que valorizar isso, porque o ser humano não é só material, ele precisa conhecer suas raízes. Nosso objetivo é despertar para a consciência de suas origens de Mato Grosso, como a história da região se desenvolveu”, explicou.

Cacique Ivone da Aldeia Bacaiúval
Por Sílvia Schneiders

Com a visita em Mato Grosso a historiadora disse ter ficado feliz porque a recepção foi muito boa e se surpreendeu com o engajamento da população de Campo Novo do Parecis, do Ponto de Cultura. “É impressionante como eles estão se mobilizando não só pra resgatar a história da região, mas inclusive pra despertar isso nos alunos da rede pública. Eles oferecem oficinas de dança, oficinas culturais.

Cacique Miriam da Aldeia Bacaval
Por Sílvia Schneiders

Uma iniciativa que parte da própria região, dos moradores, do Ponto de Cultura”, ressaltou ao complementar que se não houvesse esse engajamento por parte do Ponto talvez não estariam na cidade, “porque foram eles que mandaram o projeto que gostariam de participar desse registro, do documentário que está sendo feito em vários pontos do Brasil. Falta esse tipo de interesse, de mentalidade no nosso país”, concluiu.

Em Campo Novo do Parecis o projeto História no Ponto tem o apoio da Câmara Municipal, Governo Municipal e Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

É Cultura? Tá no Ponto!

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