sábado, 6 de fevereiro de 2010

Salto Utiariti

O Salto Utiariti possui o formato do mapa do Brasil
Fotografia de Juliano Olejas


Campo Novo do Parecis é a Terra das Águas de Mato Grosso
Alguns dos mais belos rios que o Estado possui estão ou passam pelas terras parecienses, como os rios Verde, do Sangue, Sacre e Papagaio. As águas desses mananciais são algumas das principais formadoras da Bacia Amazônica, maior bacia hidrográfica do mundo.

Esportes
As águas são cristalinas, essenciais para a prática de mergulho livre e apnéia. Para os aventureiros mais radicais há uma infinidade de opções, como o rafting e o rapel.

O rapel pode ser feito na maior cachoeira do Município, o Salto Utiariti, de mais de 90 metros de queda, uma das maiores e mais belas cachoeiras do Estado, localizada no rio Papagaio. O Salto Utiariti está a 90 quilômetros do centro da cidade, nas Terras Indígenas (TI) da etnia Paresí-haliti, na divisa dos municípios de Campo Novo e Sapezal.
O local é de beleza ímpar que surpreende a todos os aventureiros apaixonados por esportes como o trekking e rapel.

Interesses Culturais
No local também podem ser observadas as ruínas da missão jesuíta do início do século XX. A área é de grande interesse cultural e religioso. A primeira escola indígena do Estado foi construída no local, há cerca de 100 anos. É excelente para os turistas que gostam de tirar uma boa fotografia, dependendo do ângulo em que a foto for tirada, o Salto Utiariti se apresenta com o formato do mapa do Brasil.

A Missão
A missão de Utiariti existiu em Mato Grosso mais ou menos entre os anos 1930 e 1970, no município de Diamantino (atual Campo Novo do Parecis). Utiariti, que dista cerca de 550 km de Cuiabá, é o nome de uma cachoeira no Rio Papagaio, lugar sagrado para a nação Paresi-Haliti. Utia, quer dizer, sábio e haliti, gente. Para os Paresi, Utiariti significa "lugar de gente sábia". Há uma lenda que diz que os Utia eram um povo à parte da nação Paresi, que faziam previsões do futuro e viviam em um lugar atrás da cachoeira.

"Os sábios entravam dentro do salto para colher cará, massa de amendoim, mandioca. Até hoje tem gente lá que não morre. Só que tem outro tipo de alma que pode encontrar com eles. Eles sabiam que vinha a missão, mas que depois ia acabar". ( mulher Paresi da aldeia Salto da Mulher, 1992).(Joana A. F. Silva/UFMT). Link para maiores informações: http://orbita.starmedia.com/~i.n.d.i.o.s/textos/txt010ut.html .

Marechal Rondon
Na língua dos índios Paresí, Utiariti é o nome de um gavião sagrado para a nação. O nome Utiariti, no salto, existe em função do Marechal Rondon. Em suas incursões pelo Cerrado mato-grossense Rondon conheceu este salto, em 1907. A história conta que, ao avistar um gavião, um integrante de sua comitiva resolveu capturá-lo e foi impedido por um dos índios que os acompanhava. O índio argumentou que o gavião era sagrado para a sua nação e por isso não poderia ser capturado. Sensibilizado com o acontecido Rondon resolveu batizar o salto com o nome do gavião sagrado.

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