quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Circuito de Festivais de Teatro de MT promove intercâmbio internacional

Circuito de Festivais de Teatro funciona como uma vitrine dentro do Brasil e também no exterior.


Marianna Marimon

Uma voz narra uma história e se sobrepõe ao murmurinho que toma conta do salão do Cine Teatro de Cuiabá. É o teatro que transforma tudo por onde passa. A performance fez parte do lançamento da segunda edição do Circuito de Festivais de Teatro nesta terça (9). Este ano, sete festivais acontecem de outubro a dezembro.

Cuiabá, municípios da Baixada Cuiabana, Primavera do Leste, Alta Floresta, Campo Novo do Parecis e Chapada dos Guimarães serão palco do circuito. A programação é finalizada pela organização de cada festival, já que todos possuem autonomia para manter a identidade do trabalho que realizam no Estado.

A Mostra Internacional de Teatro Infantil (MITI), o 8º Humor de Mato Grosso, X Festival de Teatro Velha Joana, 7º Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense, 15ºV Festival de Teatro de Campo Novo do Parecis, 3º Festival Zé Bolo Flô de Teatro de Rua e a 8ª edição do Encontros Possíveis – Núcleo de Pesquisas Teatrais integram esta rede que começou a ser formada em 2015 e se consolida neste ano.

Da Cia Pessoal de Teatro, Juliana Capilé ressalta a importância da união entre os organizadores e os grupos que promovem os festivais de teatro em Mato Grosso, afinal, é através da integração que somam juntos com a criação Circuito. “Cada um contribui com o outro. E as cidades acabam se transformando em polos teatrais. Todos os grupos de teatro que trabalham aqui acabam de conectando”, explica.

Desde 1988 em atuação com o Grupo Experimental de Alta Floresta, Ronaldo Adriano acredita que esta resistência de 27 anos movimenta as artes cênicas no município com o apoio da população, que recebe de braços abertos o Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense que chega a sua 7ª edição. “O Circuito é um trabalho que vem coroar uma história do teatro de Mato Grosso, potencializa e muito a abrangência nesse festival, fortalece o trabalho de grupo e aumenta a possibilidade de relações com todos os grupos do Estado e de outros lugares. É muito interessante, recebemos propostas de grupos de várias partes do país, querem ir para Alta Floresta e fomos contatados por um grupo de Portugal que estará no Brasil no segundo semestre querendo saber como participar”, revela Ronaldo.

Com isso, o Circuito de Festivais de Teatro funciona como uma vitrine para além do Estado e até para fora do país e promove um intercâmbio entre os grupos de artes cênicas, esta troca é essencial para a renovação, aprimoramento, distribuição, fomento.

O secretário estadual de Cultura Leandro Carvalho afirma que não há como mensurar os ganhos imateriais de um Circuito de Festivais de Teatro, com espetáculos em praças públicas, com famílias conhecendo as artes cênicas. “A criação do circuito tem como objetivo a criação de uma rede para que recursos públicos sejam otimizados, e espetáculos possam atingir um maior número de pessoas. Além disso, existe o intercâmbio entre os próprios grupos, funciona como uma plataforma de circulação para os próprios grupos”, apontou.

Os municípios não recebem apenas os espetáculos, mas também iniciativas de formação. Leandro Carvalho explica que enquanto os profissionais estão se preparando para apresentação do espetáculo, também trabalham com a formação da nova geração que irá atuar nas artes cênicas mato-grossenses.

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