Cacá de Souza, paulistano radicado em Mato Grosso há quase 30 anos, é uma referência quando se fala em Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958).
Por Fernando Parracho
O jornalista pesquisa a vida e a obra do Marechal Rondon desde antes de nos conhecermos, em Cuiabá, em 1995. Embalado pela curiosidade em desvendar detalhes da trajetória deste controvertido personagem da nossa história e pela paixão por Mato Grosso e pelo Brasil, Cacá mergulhou em livros, artigos, fotos e filmes que registram de um modo ou de outro as aventuras, descobertas, as viagens de Rondon.
Só o esforço que ele vem empreendendo para estudar, compreender e divulgar o trabalho deste brasileiro ilustre, já vale um livro e um documentário! Tive o privilégio de acompanhar parte desta pesquisa, desta investigação jornalística a que Cacá se dedica aqui e nos Estados Unidos. Lá, ele redescobriu arquivos inéditos em fotos e filmes de expedições promovidas por Rondon.
Uma delas, em parceria com o ex-presidente americano Theodore Roosevelt, que desbravou terras do cerrado e da Amazônia, em busca de conhecimento científico, de pesquisas que envolviam a biologia e a geografia, a sociologia, a antropologia.
As descobertas de Cacá estão no primeiro documentário que realizou sobre a Expedição Roosevelt-Rondon, por terras brasileiras, no começo do século XX. No segundo documentário, Cacá se debruça sobre outro aspecto curioso do perfil de Rondon: o cartógrafo. O homem que mapeou rios, divisas, estendeu linhas de telégrafo, fincou marcos de fronteira, estabeleceu limites geográficos que desafiam até hoje a precisão do GPS!
É preciso conhecer melhor quem foi Rondon, o que motivou seu trabalho, uma contribuição imensa para se saber onde começa e onde termina o Brasil. E, sobretudo, conhecer a maneira magistral e densa com que Cacá, outro gênio brasileiro, vem produzindo este legado histórico e jornalístico, de forma corajosa e independente, verdadeira e apaixonada.
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