Brasil, um país multiétnico - Imagem ilustrativa
O acordo diplomático, assinado pelos dois países em 2008, visa realizar ações governamentais nas áreas de educação, saúde, cultura, comunicação, justiça ambiental e segurança pública. Espera-se que o Plano JAPER, que ainda segue a passos lentos, seja impulsionado esse ano com a declaração da ONU de que 2011 é o Ano Mundial dos Afrodescendentes, e a visita do presidente Barack Obama, que aconteceu nos dias 19 e 20 em Brasília e no Rio de Janeiro.
Na pauta das reuniões, informes sobre a atuação da sociedade civil frente às ações governamentais do Plano e apresentação da versão inicial do portal JAPER, um espaço virtual colaborativo criado para monitoramento do Plano por organizações sociais e que visa também facilitar o diálogo entre projetos sobre a questão racial dos dois países.
O primeiro encontro deve ocorreu ontem, 21 de março, na cidade do Rio de Janeiro, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio, às 13h. No dia 23, em Salvador, as organizações se encontrarão na Casa do Benin, Pelourinho, às 17h. Já no dia 24/03, será a vez da cidade de São Paulo, quando as organizações se reunirão no Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra, no Centro da cidade, às 17h. As reuniões são abertas ao público em geral.
JAPER - acordo diplomático entre Brasil e EUA assinado em 2008
Convidados para os encontros
Para essas reuniões, foram convidados os professores e ativistas Kimberle Crenshawn e Clarence Lusane, pontos focais para a sociedade civil do JAPER nos Estados Unidos, além de serem reconhecidos pesquisadores da questão racial nos Estados Unidos.
Kimberle é professora da Columbia University e um dos nomes mais importantes da “Teoria Crítica de Raça” nos EUA. É também fundadora do African American Policy Forum, um instituto dedicado a questão racial, justiça, gênero e direitos humanos sediado na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).
Já Clarence Lusane é Phd em Ciências Políticas pela Howard University e há mais de trinta anos escreve sobre direitos humanos, raça e relações internacionais. Clarence é autor do recém publicado livro “The Black History of The White House”, sobre as relações raciais na política estadunidense.
Também foram convidados para os encontros os órgãos governamentais envolvidos com o Plano para falarem sobre seus planejamentos para o JAPER em 2011, como a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e Embaixada dos EUA.
Para Altair Lira, coordenador geral da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (FENAFAL) e um dos pontos focais da sociedade civil brasileira, este encontro será um importante momento para articular o movimento negro em várias partes do país em torno do JAPER, “não somente para o conhecimento sobre o Plano Brasil-EUA, mas para ampliar a base de discussão do mesmo na sociedade. Este é o momento da análise e discussão das propostas e uma ótima oportunidade de articulação social entre grupos com interesses tão afins quanto a comunidade afro-brasileira e a afro-americana”.
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