Pífano, pífaro e pife são a mesma coisa. Um instrumento de influência indígena feito de taboca, uma espécie de bambu, com sete orifícios, um para soprar e seis para dedilhar. Às vezes também são feitos de canos de PVC ou de canos de metal, mas não têm a mesma sonoridade nem a mesma beleza.
Existem duas maneiras tradicionais de tocar esse instrumento: em dueto (dois pífanos), acompanhado do ritmo da zabumba, pratos, caixa e contra-surdo, que são as famosas "Bandas de Pífanos"; e com o pífano solo acompanhado de sanfona, cavaquinho, violão de sete cordas, pandeiro e ganzá. No caso das bandinhas, os dois pífanos tocam em intervalos de terças, às vezes de quartas e em algumas passagens provocam dissonâncias incríveis.
Às vezes é difícil acreditar como um instrumento tão simples é capaz de produzir uma música tão rica e bela, animar festas, procissões e ainda ser o sustento de muitos músicos no nordeste. Geralmente, os tocadores fazem seus próprios instrumentos, e uma quantidade maior para vender em feiras e apresentações.
Indígenas Nhambikwara, de Sapezal, tocando flauta de bambú.
O som desses instrumentos influenciou muitos compositores e arranjadores brasileiros. Está marcado na música de Lenine, Quinteto Violado, Hermeto Pascoal, Xangai, Egberto Gismonte, Geraldo Azevedo, Naná Vasconcelos, Cascabulho, Orquestra Armorial, Antúlio Madureira, e recentemente na música de Carlos Malta.
Zé da Flauta (músico e produtor)
Fonte: www.terra.com.br/...01/.../ctudo-ze-pifano.html
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