segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Ninho do Sol oferece Oficina de Flauta Doce

Não se sabe exatamente quando foi inventada a Flauta Doce, mas sabe-se que ela é um dos instrumentos musicais mais antigos criados pelo Homem.

Uma das ilustrações mais antigas em que aparece a flauta doce

Procurando dinamizar as ações do Ponto de Cultura Ninho do Sol e potencializar os "saberes e fazeres" do Teatro Ogan e seus integrantes, será oferecida neste ano de 2011 a Oficina de Flauta Doce, com o oficineiro voluntário Eduh Gevizier, integrante do grupo.

Iniciamos agora uma sequência de postagens sobre a flauta doce para que se conheça melhor esse instrumento musical que é considerado um dos mais antigos do mundo. Também porque o Ponto de Cultura Ninho do Sol tem em suas diretrizes o trabalho com a cultura indígena Paresí-Haliti, que possui em suas tradições e história relação direta com o instrumento musical na Tradição das Flautas Sagradas.

Músico da Idade Média tocando flauta

Origens

A flauta doce é um instrumento de sopro direto, onde o som é produzido por um bocal contendo um apito, e um tubo cônico ou cilíndrico contendo diversos furos.
A origem deste instrumento está nos antigos instrumentos folclóricos que ainda podem ser encontrados em diversas partes da Europa hoje. No seu princípio, em tempos mais remotos, ela era feita de bambu, de madeira (torneado), mas só na Idade Média é que ela aparece em velhas pinturas, murais, mosaicos, e etc.

A história da flauta doce está ligada à origem do seu nome em inglês: RECORDER, que vem do latim RECORDARI que significa lembrar, recordar, trazer à memória. Em italiano a palavra RICORDO também significa lembrança, memento; e daí, talvez a primeira referência à flauta doce num livro de contas do Rei Henrique IV em 1388 por pagar uma "fístula nomine ricordo" (uma flauta chamada ricordo).

Na Renascença, ela pouco foi modificada. No período que compreende entre o final do séc. XVII e o começo do séc. XVIII é o momento em que a flauta doce atinge o seu apogeu. Muitos compositores escreviam para o instrumento e muitos construtores se especializavam na sua fabricação, o inventário do Rei Henrique VIII (1547), mostra-nos que ele possuía diversos instrumentos em seus palácios, entre eles 72 flautas transversais e 76 flautas doces, a maioria, conjuntos em caixas, que incluía, por exemplo, uma grande baixo de madeira e várias flautas de marfim.

Durante um século e meio a flauta doce constou somente na história dos instrumentos musicais. Por volta do final do séc. XIX alguns músicos, através de suas pesquisas em música antiga e instrumentos, voltaram a ter contato com a família das flautas doces. Coube a um inglês chamado Arnold Dolmetsch (1858-1940) esse renascimento. Como resultado de muita pesquisa ele conseguiu construir um quarteto de flautas doces e tocá-las com sua família num concerto histórico no Festival Haslemere em 1926. Seu filho Carl se tornou um virtuoso no instrumento e elevou-o a um nível de alta interpretação.

Foi, entretanto no período Barroco, que grandes músicos passaram a compor obras especialmente para serem executadas na Flauta Doce. Compositores como: Johann Mattheson (1684-1764), Georg Phillip Telemann (1681-1767), Antonio Vivaldi (1678-1741), Alessandro Scarlatti (1659-1725), Johann Sebastian Bach (1685-1750), e outros.

Alguns modelos de Flauta Doce:
Sopranino em Fá ( F )
Soprano em DO ( C ) a mais conhecida.
Contralto em FA ( F )
Tenor em DO ( C )
Baixo em FA ( F )


Como diferenciar a Flauta Doce Soprano GERMÂNICA da BARROCA

Na Germânica o 5º furo é menor, sendo que na Barroca o menor é o 4º furo (normalmente a Barroca tem um B gravado atrás). Existem flautas Germânicas e Barrocas de 08 e de 10 furos, sendo que as flautas com 10 furos tem o 6º e o 7º furos duplos (os furos são contados a partir do bocal).

Pesquisa: Ailton Rios (Agosto/2008)
Fonte: http://www.ailtonrios.com.br/flauta.php

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