Chico Dallepiane concede entrevista no interior da Matriz São Cristóvão
A equipe do projeto “Balaio de História” da Revista de História da Biblioteca Nacional (RHBN), chegou à Campo Novo do Parecis na noite desta quinta-feira, 23, e já iniciou os seus trabalhos. Vários moradores foram entrevistados na noite de ontem e na manhã de hoje, sexta-feira, 24.
O tema das entrevistas: a relação de Padre Arlindo e Madre Tarcila com os índios Paresí-Haliti durante e depois das Missões Jesuítas de Utiariti.
Os entrevistados: Professora Sandra Paim; Empresário Rildo Tomazelli; Frei Natalino; Francisco Dallepiane, Professora Clarice Dalsólio, entre outros.
Muitas histórias foram contadas, e relembradas, aos entrevistadores, o vídeomaker Anderson Barreto e o jornalista Adriano Belisário. Alguns desses relatos inéditos e emocionantes.
Rildo Tomazelli lembrou a relação amigável que sua família teve com o Padre Arlindo. “O Padre Arlindo era de casa, ele dormia no hotel (Tomazelli) sempre que chegava cansado das aldeias”, conta.
“Ele amava os índios e agia como se fosse um deles, abandonou o conforto da cidade e a família para se dedicar a eles”, relata.
E admite: “- Ele gostava de tomar um uisquezinho”.
“- Ele gostava de tomar um uisquezinho”.
Rildo Tomazelli sobre o Padre Arlindo
Francisco Dallepiane comentou sobre as missões e sobre a importância delas na transformação cultural e comportamental dos indígenas. Lembrou de sua convivência com o Padre Arlindo e a sua atuação junto as diversas etnias da região: Manoki, Nhambiakwara e, concomitantemente, os Paresí-Haliti.
Dallepiane pontuou que acima de tudo, Padre Arlindo queria o bem dos índios e que depois de sua morte, os Haliti ficaram relativamente ‘abandonados’. ‘Chico’ dava apoio ao padre na execução de projetos pecuários que eram desenvolvidos nas aldeias.
Clarice Dalsólio, que hoje é bibliotecária da Escola Estadual Madre Tarcila, falou sobre a importante relação da irmã Tarcila com a educação dos indígenas. Relatou sobre a vida da madre, desde o sul do país às Missões de Utiariti.
Clarice lembrou que Madre Tarcila fez parte da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e que desde menina se ‘apaixonou’ pelos índios Paresí-Haliti, se dedicando a eles até o último dia da sua vida.
Professora Clarice Dalsólio também foi entrevistada
Além destes, ainda serão entrevistados indígenas e outras pessoas que conviveram ou que tenham relatos sobre esta relação, Jesuítas x Índios, que teve início na metade do século XX.
Na tarde hoje, ocorre a partir das 14 horas o debate: “Educação Visionária”, com a Msc. em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Patrícia Woolley e logo mais a noite ocorre o Festival Ninho do Sol, a partir das 19h30.
Amanhã pela manhã, a equipe composta pelos integrantes da RHBN e do Ponto de Cultura Ninho do Sol seguirá para as aldeias Utiariti, Bacaiúval e Bacaval, além do Salto Utiariti, nas imediações da Missão Jesuíta homônima.
É Cultura? Tá no Ponto!
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