segunda-feira, 2 de junho de 2014

Bakairi - Etnia convidada dos Jogos Indígena do Parecis

Os Bakairi se autodenominam Kurâ

Antes da abertura dos campos de pouso e rodovias, eram os Bakairi que controlavam o acesso das expedições científicas ao alto Xingu, onde parte deles morava. Hoje vivem todos a sudoeste dessa área, como pescadores e agricultores, sobretudo "mandioqueiros", como os demais Karib.

A arte Bakairi expressa em todos os artefatos temas que remetem ao mundo espiritual, sobretudo nos trançados, nas pás para virar beiju, nos banquinhos zoomorfos, através de pinturas feitas com jenipapo, urucum e tabatinga, um tipo de barro branco. Esta característica espiritualiza as coisas materiais e materializa as coisas espirituais.

Destacam-se aqui as máscaras, sobretudo as do ritual denominado Iakuigâde, que são de dois tipos: (1) Kwamby, ovais, que são líderes e xamãs e (2) Iakuigâde, retangulares e entalhadas em madeira, representando espíritos tutores relativos ao mundo aquático. Elaboradas pinturas corporais masculinas e femininas - no estilo alto-xinguano - feitas de jenipapo, urucum, tabatinga e resinas vegetais estão associadas aos rituais.

Em termos de cultura material, sobressaem também as redes de dormir, de algodão e de fibras de buriti, confeccionadas em teares verticais.

Quanto aos jogos, destaca-se o futebol, com torneios internos e interétnicos.

Fonte: socioambiental.org

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