Para que a biblioteca cumpra a função de expandir o conhecimento, é preciso diversificar o acervo e torná-la um ambiente de descobertas
Texto: Ana Rita Martins - Nova Escola
Mesmo que o acervo seja amplo, o professor precisa ter a consciência de que atividades que extrapolem a leitura e análise das obras enriquecem o trabalho com a turma e não podem ser esquecidas. Trazer um escritor para ler em voz alta alguma obra de autoria própria já vista pelos alunos ou chamar um nutricionista que fale sobre a alimentação saudável, finalizando uma pesquisa guiada nas aulas de Ciências, são formas criativas de agregar novas e diferentes informações aos temas curriculares.
Essa ampliação do alcance da biblioteca pode também funcionar no sentido oposto, cruzando os muros das unidades de ensino. Perrotti diz que é essencial ampliar os conhecimentos acessados e incentivar nos estudantes a vontade de procurar novas fontes de dados. Por isso, o professor deve pensar em outras estações, tais como unidades públicas, museus e casas de cultura, que possam complementar ou mesmo mostrar visões inovadoras dos assuntos pesquisados. "A partir do que se aprendeu na escola, surgem novas perguntas a serem respondidas em outros espaços que possibilitem diferentes tipos de interação. Isso é importante não só do ponto de vista da informação mas também da formação, pois é frequentando esses locais que o aluno incorpora o hábito de procurar o que deseja."
Na EE Professor Leopoldo de Miranda, em Belo Horizonte, por exemplo, a professora de Língua Portuguesa Heloisa Ferreira promove visitas a livrarias com seus alunos do 6º ao 8º ano. "Com planejamento e de acordo com o tema estudado, deixo que leiam em outro ambiente. Eles aprendem e palpitam sobre o que nos ajudaria na sala de aula", diz ela.
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