quinta-feira, 20 de junho de 2013

Para refletir!


Soneto de Exatidão

Eu serei a que mais ouve do que fala,
No meu olho, não verás nem mais um cisco.
Do que guardo?... Tenho eu chave da mala.
O que falas?... Corre apenas por teu risco.

Quero ver-me e ver-te do tamanho exato,
Nem tu comandante, nem eu comandada.
Meu espaço hei de manter, e isto é fato,
Minhas asas não serão por ti cortadas !

Compreendo o porquê me controlaste,
E o poder que exerceste sem critério,
Me retendo qual se eu fora teu fantoche.

Eu relevo os teus enganos e contrastes,
O teu medo implodido e tão sério,
De tornar-se tão somente o meu deboche.

Fátima Irene Pinto

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