segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Poesia - Para sonhar...
E para sonhar abra as asas e feche seus olhos
Destranque da mente tudo o que te prende ao presente
E para viajar pelo mundo ilusório dos sonhos
Apenas ame, mais do que talvez possa, a sua mente...
E quando as asas se abrem,
Qual maestroso leque de uma delicada borboleta
O ar toca a face que desnudada vislumbra o horizonte aquém
E o ritumbar da descoberta que o coração encerra
Faz de um casulo, a borboleta desejar ir então mais além...
E devagar, num recital sem demora,
Recitar a poesia, querida d’alma, que se perdeu ao longo do tempo
E dedilhar as rimas, e cancionar ao vento
Tocar o fundo da alma onde o coração aflora
E se deixa levar, quando enfim viajar, pelo que não conhecemos...
E as vezes as horas que contam devagar
Por trás de uma nuvem há um céu a se colorir
Desejos que um só coração não pode guardar, apenas apreciar,
Sonetos que são feitos para se apreciar e depois deixar-se ir
Há borboletas que duram menos do que o sopro de uma vida
E casulos que impedem a vida prosseguir
E o beijo que toca, suaviza o iminente fim, inicia a descoberta
De quem ganha o mundo, em tamanha beleza
E que resguarda a própria sentença quando enfim pode o céu descobrir
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