Classe artística de Cuiabá se reúne amanhã, 19h, no Centro Cultura da UFMT para discutir sobre questões culturais.
Ariane Laura
Da Redação
Da Redação
A reforma administrativa que o prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, pretende fazer em março está esquentando os ânimos da classe artística da capital e de todo o Estado. Isso porque entre as secretarias que serão extintas estaria a de Cultura. Entretanto, o próprio prefeito já descartou qualquer possibilidade sobre isso.
Apesar do pronunciamento do prefeito, a classe artística, preocupada com essa possibilidade, se articulou imediatamente pelas redes sociais e mantém a reunião que está marcada para amanhã (02/02), quinta-feira, a partir das 19 h, no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato Grosso para discutir o assunto. A categoria aproveitará a ocasião para começar a cobrar o Plano Municipal de Cultura e trabalhar a retomada da participação da classe artística na política cultural da cidade.
Segundo a atriz Juliana Capilé, “depois da gestão de Mário Olimpio tudo desabou, a secretaria está apagada há muito tempo. Esse tipo de coisa só acontece porque a classe está permitindo. Mas, o que a classe quer é a retomada desse sentido da Secretaria de Cultura. Ela precisa ter um sentido de existir”, ressalta.
Para a pintora Lúcia Picanço, extinguir a Secretaria de Cultura seria um retrocesso. “Se existe alguma crise, ela deve ser solucionada. Não acredito que a extinção de uma secretaria, principalmente de cultura, seja a melhor solução. É necessário repensar nas pessoas que assumem a pasta. É preciso escolher pessoas capacitadas, preparadas para tal”, afirma.
Já o artesão Alcides Ribeiro, aponta que falta transparência nas ações e no orçamento da Secretaria Municipal. Outra deficiência apontada por ele é a “falta de fiscalização na execução dos projetos. Há rumores que alguns projetos nem são executados”, ressalta.
Sobre o assunto, o secretario adjunto de Cultura do município, Moisés Martins, comenta “fiquei sabendo disso pela própria mídia. Eu não tenho nenhum conhecimento concreto”, afirmou. Questionado sobre a possibilidade de a extinção ocorrer, ele responde com irreverência “Não posso falar do que não sei. Eu não gosto de abrir buraco antes do camarada morrer”, brinca.
Até o fechamento desta edição, o prefeito Chico Galindo não atendeu nossas ligações. Tentamos falar com o secretário municipal, Luis Poção, que estava em reunião e não nos retornou.
Entre as alterações previstas está a transformação da Secretaria de Habitação em Secretaria de Cidades. Outra mudança é o desdobramento da Secretaria de Desenvolvimento Humano em duas. Sobre a Secretaria de Comunicação o prefeito disse que ainda está pensando sobre essa pasta, conforme informações já divulgadas.
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