A II Conferência Estadual de Cultura teve início hoje (12.12), às 9 horas, em Cuiabá, no Mato Grosso Palace Hotel. Durante a manhã, os representantes do setor cultural discutiram o Regimento Interno, apontaram as dificuldades nas esferas municipais e pretendem traçar propostas para serem encaminhadas para a Conferência Nacional, que acontecerá em março de 2010.
Participaram da cerimônia de abertura o presidente do Conselho Estadual de Cultura, Jhonny Everson, o coordenador de Identidade e Diversidade do Ministério da Cultura, Marcelo Manzzati, a coordenadora executiva da Conferência Nacional de Cultura, Keila Diniz, o coordenador da Conferência Estadual, Rômulo Fraga, o Secretário Adjunto de Cultura do Município, Moisés Martins, o secretário adjunto de Cultura do Estado, Oscemário Daltro e alguns delegados das esferas municipais.
De acordo com Jhonny Everson, todas as pastas têm uma redução de verba prevista para 2010, e com a cultura não foi diferente. Porém, ele afirma que o Conselho não faz nada sozinho e diz que precisa do envolvimento da classe artística. Ele propõe uma ação conjunta com a SEC para a criação de um anuário das ações desenvolvidas ao longo do ano objetivando a transparência.
Além disso, outra proposta apresentada por ele é a organização de um encontro para levantar todos os problemas referentes à inscrição dos projetos. “A reunião que deveria envolver os artistas de todas as classes teria o objetivo de apontar os problemas documentais encontrados no processo”, sugere.
Marcelo Manzatti, Coordenador de Fomento a Identidade e Diversidade da SID/Minc, aponta em sua fala algumas medidas adotadas pelo Ministério da Cultura com o intuito de promover e fomentar a cultura. Entre as mudanças realizadas pelo Minc, o processo de inscrição para o Festival dos Mestres da Cultura Popular é um exemplo.
Nesse festival as inscrições puderam ser feitas através de registro das conversas com os mestres populares, o que representou uma inovação. “A gente está tentando derrubar algumas barreiras da burocracia para tentar incluir os que já são excluídos naturalmente do processo”, disse.
Segundo Mazzati, anteriormente o Minc via a Cultura como sinônimo de arte, mas recentemente está ampliando essa concepção. Além da produção cultural, outros temas estão sendo discutidos como Economia da Cultura, Cidadania e Desenvolvimento.
Atuante no Ministério da Cultura desde sua criação em 1985, Keila Diniz reconhece que não é fácil dar continuidade as ações. No entanto, ela afirma que as políticas da 1ª Conferência Nacional tiveram certo encaminhamento. “Cerca de 1190 municípios participaram da 1ª Conferência Nacional de Cultura, em 2006. Ainda não finalizamos a contagem, mas até agora temos mais de 3000 registrados para a próxima”.
Ela relata que Estados que não participaram da primeira Conferência ou que tiveram pequena participação agora estão envolvidos no processo e cita Acre, Rondônia, Minas Gerais e Bahia como exemplo.
Entre seus dizeres, ela aponta que há uma lacuna a ser preenchida na comunicação entre o Minc e o Centro-Oeste e é com o objetivo de suprir essa deficiência que a região terá um representante do Ministério. “A grande vitrine do nosso país é a diversidade e o Mato Grosso é um dos seus grandes representantes”, afirma.
O secretário adjunto de Cultura do Estado, Oscemário Daltro, destaca que Mato Grosso tem condições de receber o Ministério da Cultura e adianta que a Secretaria de Estado de Cultura tem condições físicas para receber a representação do Minc.
Ele destaca algumas das principais ações que foram feitas em 2009 como o processo de interiorização das atividades, a iniciativa de firmar parcerias para gestão de espaços culturais como o Cine Teatro e o Museu de Pré-História Casa Dom Aquino e ainda menciona o programa Mais Cultura.
Romulo Fraga, coordenador da Conferência Estadual de Cultura, dá início ao processo de aprovação do Regimento Interno, que menciona que 50 delegados deveriam ser eleitos para representar MT na Conferência Nacional. No entanto, no ato do debate não havia quórum de delegados e os presentes como convidados se manifestaram.
Divergências a parte, após esse momento, os grupos de trabalho foram divididos de acordo com os eixos temáticos para organizar suas propostas, que foram apresentadas após o intervalo do almoço, no período da tarde.
Na eleição dos delegados teremos 3 representantes na II Conferência Nacional de Cultura: Joeli Milhorança, Elaine Parizzi e Leandro Nery.
Por Ariane Laura - Secretaria de Estado de Cultura - SEC
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